Santa Maria poderá ter “botão do pânico” e mediação de conflitos em postos de saúde após agressões a servidores, diz secretário de Saúde

Santa Maria poderá ter “botão do pânico” e mediação de conflitos em postos de saúde após agressões a servidores, diz secretário de Saúde

Foto: Vinicius Becker (Diário)

Diante dos frequentes casos de violência em unidades de saúde de Santa Maria, com três ocorrências de agressão a servidores registradas em 45 dias, o secretário de Saúde, Guilherme Ribas, anunciou o estudo de um plano para tentar conter esse tipo de situação. Em entrevista ao Bom Dia, Cidade, da CDN (93.5FM) nesta quarta-feira (22), etalhou as medidas que incluem a capacitação de "multiplicadores" para mediação de conflitos, a implementação de protocolos de apoio e a possibilidade de testar um sistema de "botão do pânico" nas unidades, a exemplo do que ocorre nas escolas da rede municipal. 


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O secretário reconheceu a gravidade da situação, mas ponderou que cada um dos três episódios recentes teve causas distintas. Ele também ressaltou a necessidade de conscientizar a população sobre o respeito aos profissionais. Conforme o Diário mostrou nesta semana, o caso mais recente ocorreu na ESF São Carlos, no Bairro Urlândia, no dia 15 de outubro, quando uma enfermeira foi agredida por uma paciente que queria, de última hora, atendimento para a filha. 

Segundo Ribas, a secretaria atuou pontualmente em cada um dos casos anteriores para tentar solucionar os conflitos e melhorar o atendimento. Ele reconheceu que a rede de saúde enfrenta uma pressão crescente, com aumento na demanda por atendimentos no SUS. Citou, ainda, a necessidade de fortalecer a rede e mencionou projetos para a construção de três novas unidades (Campestre, João Goulart e Nova Santa Marta) e a ampliação de equipes em unidades existentes, como a do Dom Antônio Reis, como medidas para melhorar o acesso da população.
Para evitar que novos episódios ocorram, Ribas detalhou um plano (leia mais abaixo) que está sendo estudado em parceria com a Secretaria de Segurança e o Ciosp desde o início de outubro.

Foto: João Alves (PMSM)

Os casos de agressão registrados

  • ESF Alto da Boa Vista (Setembro): Após uma discussão com um médico por causa da distribuição de fichas para exames, a secretaria se reuniu com a comunidade e o laboratório, aumentando o número de coletas diárias.
  • ESF Roberto Binato (Setembro): Depois de uma agressão verbal à recepcionista, foi realizada uma reunião com a comunidade e a equipe, resultando no reforço do atendimento na recepção.
  • UBS São Carlos (Outubro): No caso mais recente, de agressão física a uma enfermeira, Ribas explicou que o conflito se deu por um atraso na consulta e a solicitação de um atendimento extra não agendado. 

  • As medidas estudadas pela Secretaria da Saúde

    • Capacitação de Multiplicadores: A ideia é identificar servidores com perfil de mediação dentro das unidades e capacitá-los para intervir e "reduzir o conflito" antes que ele escale para uma agressão. "Multiplicadores são pessoas com perfil de mediação. A Secretaria de Segurança buscará capacitar formas de, quando começa um conflito, eles conseguirem mediar e não chegar ao extremo", explicou Ribas.
    • Protocolos de Apoio: Estabelecer fluxos claros para que as equipes saibam como agir e a quem recorrer quando precisarem de apoio em situações de risco.
    • Botão do Pânico: O secretário mencionou a possibilidade de testar um sistema de botão do pânico, semelhante ao utilizado em escolas, começando pelos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).
    • Campanhas de Conscientização: Realizar ações de comunicação para reforçar a importância do respeito mútuo entre comunidade e servidores. "As unidades trabalham para a população, mas para a comunidade ter atendimento, precisa dos trabalhadores", pontuou..


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